

Acabo de ler esse livro de Maria Rita Kehl, psicanalista, que mostra um dado alarmante sobre a depressão.
A Organização Mundial de Saúde considera a depressão como uma epidemia mundial e denuncia que até 2020 ela será a segunda maior causa de "comorbidade" do mundo ocidental, ou seja, a depressão embora não seja causa de morte diretamente ela induz a uma série de patologias que levam à morte, porque na depressão o sistema imunológico fica alterado e abre a porta para as doenças oportunistas.
Segundo M.R. Kehl, a depressão é uma doença da Sociedade de Consumo.
Este conceito, já bastante gasto, ela explica, não se refere ao fato"que todos estejam consumindo" ou "aptos a consumir"- afinal sabemos que é uma parcela bem pequena da população que tem poder aquisitivo para o consumo-mas, " porque o valor da vida ,do sujeito, das escolhas de vida que ele tem vão ser medidos pelo que ele é capaz de consumir"....
Vale mais quem mais consome.
Dessa maneira, "consumir dá o parâmetro da inserção na sociedade, da valorização do indivíduo: você é aquilo que você consome".
Em outras épocas, o que dava esse parâmetro era o fato de alguém ter nascido ou não "nobre", por exemplo .Hoje, é o consumo que dita a qualidade e possibilidade de inserção dos sujeitos....
Bem , mas o que isso tem ver com a depressão?
Porque o consumismo esvazia a vida de significado e consumir passa ser o significado da vida .
As pessoas estão consumindo furiosamente porque estão convencidas que o valor delas e das outras se define pelo que elas podem consumir.
O consumo passa ser uma droga pesada.A pessoa necessita mais e mais consumir para vivenciar o prazer de uma alegria momentânea.Vive-se em regime de eterno presente, cada vez mais intensificado,cada vez mais sem sentido, sem significado.
Esse consumo alucinado leva à depressão porque é algo vazio de significado e a vida precisa ter um significado.O aumento das queixas de depressão - o mal-estar do século, a doença do capitalismo turbinado e globalizado - encontra-se justamente entre as classes A e B .
"Deprimidos são os sujeitos que sofrem de um sentimento de tempo estagnado, desajustados do tempo sôfrego do mundo capitalista".
Muito interessante .Muito esclarecedor.
A Organização Mundial de Saúde considera a depressão como uma epidemia mundial e denuncia que até 2020 ela será a segunda maior causa de "comorbidade" do mundo ocidental, ou seja, a depressão embora não seja causa de morte diretamente ela induz a uma série de patologias que levam à morte, porque na depressão o sistema imunológico fica alterado e abre a porta para as doenças oportunistas.
Segundo M.R. Kehl, a depressão é uma doença da Sociedade de Consumo.
Este conceito, já bastante gasto, ela explica, não se refere ao fato"que todos estejam consumindo" ou "aptos a consumir"- afinal sabemos que é uma parcela bem pequena da população que tem poder aquisitivo para o consumo-mas, " porque o valor da vida ,do sujeito, das escolhas de vida que ele tem vão ser medidos pelo que ele é capaz de consumir"....
Vale mais quem mais consome.
Dessa maneira, "consumir dá o parâmetro da inserção na sociedade, da valorização do indivíduo: você é aquilo que você consome".
Em outras épocas, o que dava esse parâmetro era o fato de alguém ter nascido ou não "nobre", por exemplo .Hoje, é o consumo que dita a qualidade e possibilidade de inserção dos sujeitos....
Bem , mas o que isso tem ver com a depressão?
Porque o consumismo esvazia a vida de significado e consumir passa ser o significado da vida .
As pessoas estão consumindo furiosamente porque estão convencidas que o valor delas e das outras se define pelo que elas podem consumir.
O consumo passa ser uma droga pesada.A pessoa necessita mais e mais consumir para vivenciar o prazer de uma alegria momentânea.Vive-se em regime de eterno presente, cada vez mais intensificado,cada vez mais sem sentido, sem significado.
Esse consumo alucinado leva à depressão porque é algo vazio de significado e a vida precisa ter um significado.O aumento das queixas de depressão - o mal-estar do século, a doença do capitalismo turbinado e globalizado - encontra-se justamente entre as classes A e B .
"Deprimidos são os sujeitos que sofrem de um sentimento de tempo estagnado, desajustados do tempo sôfrego do mundo capitalista".
Muito interessante .Muito esclarecedor.
7 comentários:
Você sabe o porquê do título do livro?O cão no Renascimento representava a meloncolia e o Tempo, ela usou como dimensão da aceleração contemporânea que vivemos...Já li e reli.
5 de junho de 2009 às 08:31Prof Mário Sergio Cortella
Puc
Mirian
5 de junho de 2009 às 08:38A velocidade preside a vida contemporânea.Time is money.Os depressivos além de se sentirem na contramão do seu tempo vêem sua solidão agravar-se em função do desprestígio social de sua tristeza.A Sociedade de consumo (como entendida no livro de M.R.Kehl)está vivendo seus piores dias , com certeza.
Sérgio André
Mirian
5 de junho de 2009 às 09:02Gostei do seus comentários sobre meu livro.Leio tudo que sai na Internet e o seu foi muito fiel.Só tenho a acrescentar que numa sociedade que aposta na "euforia" como um valor, a tristeza e o desânimo tendem a ser vistos como patologia porque o deprimido "destoa"desse ideal.E aí quem ganha é a indústria farmacêutica.
Mais um "gol" para a sociedade de consumo....
Maria Rita Kehl
Mirian
5 de junho de 2009 às 09:07Já adicionei seu contato para o lançamento do meu próximo livro.
Conto com você.
Maria Rita Kehl
A velocidade com que as coisas acontecem nas grandes cidades não só leva à depressão mas também à ansiedade- que é causa da obesidade mórbida.A aceleração inviaviliza o desfrute do tempo livre...
5 de junho de 2009 às 13:48Edna Garcia
Psicóloga
Só um lembrete:não estou deprimida.
5 de junho de 2009 às 19:08Hoje mamãe faria 99 anos....
5 de junho de 2009 às 19:10Viveu bem a Dona Branquinha.
Nunca a vi deprimida , nem triste.
Estava sempre feliz...
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