Quinze minutos de fama....

A famosa frase de Andy Warhol:in the future everyone will be famous for fifteen minutes nunca foi tão atual.
Perseguir a fama e pertencer ao rol das celebridades tornou-se "carreira" para um grande número de pessoas no mundo de hoje.Estar sob os holofotes é o sonho, nem que seja por cinco minutos;aparecer nas revistas tipo Caras então é o desejo supremo .Quem não consegue esta façanha deleita-se vendo as celebridades nos castelos franceses ou esquiando em lugares para VIPs(very important people).

Como eles são felizes!Não têm os problemas que nós, os sem-fama temos.Tudo parece perfeito:corpos bronzeados e perfeitos, sorrisos branquíssimos de porcelana, roupas de grife...

Por trás desse "circo" muito bem montado ....não passam de pobres mortais como nós que têm dor de dente, dor de barriga, gripe, desilusões, falta de dinheiro, contas a pagar e ainda sofrem para manter essa aura de "special people" que alimenta seu enorme ego.

Cruel.
Qual é a lógica da coisa: a fama traz tudo aquilo que a gente só consegue "ralando" muito.
Simples assim.

Para se tornar um advogado, um engenheiro , um juiz, um administrador de empresas, um analista de sistemas, um cientista social, um médico, um pedagogo é preciso fazer um investimento significativo da própria vida em cursos e treinamentos , participar de vestibulares e concursos difíceis além de assumir um compromisso com uma carreira de trabalho árduo, cargas horárias pesadas , altos custos, muita pressão e retorno imprevisível.
E pouca gente está disposta a estudar muito, trabalhar duramente para realizar seus sonhos . A "fama" encurta caminho porque ela vale mais que dinheiro.É uma commoditie. A fama garante lugares privilegiados em desfiles, corridas, em tribunas de honra em camarotes , viagens, roupas e jóias, enfim tudo que faz parte desse mundo de pura ilusão.A "cara" dá ibope em Caras.Vende revistas.É o capital humano girando a economia.
Vale o layout , a estampa.Ou a b.....

Por dentro, nada.Cabeças ocas, vazias de conteúdo de idéias e de ideais, apenas mais um bem para consumo de massa.
Por trás, um gigolô que sobrevive agendando suas próximas aparições seja em revistas ou na TV.

Publicações como essas , só comprovam o empobrecimento intelectual do público leitor brasileiro.

É o teatro da vida.