Este blog será um canal de expressão de todas as coisas que reverberam no coraçao....questões da vida, da família, dos amigos,dúvidas existenciais,qualidade de vida,autoconhecimento,saúde mental e espiritual,boas leituras, enfim:uma reflexão diária do que nos mantém vivos.

Ricardo Antônio & Natan

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Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago

terça-feira, agosto 26

Li Ensaio sobre a Cegueira, há alguns meses.Vi agora que está sendo lançado um filme com esse nome...
José Saramago é um grande escritor português, prêmio Nobel de literatura.
Esse livro é interessante porque os personagens não têem nome: é a "moça bonita de óculos", "o médico", "a mulher do médico" e por aí vai.....
Todo mundo vai ficando cego, aos poucos e a cidade vai ficando sem água, sem luz, sem limpeza, sem alimentos....e aí, na desgraça total, aflora o sentimento humano mais nobre ,que é a solidariedade..... uns ajudam os outros nas situações mais inusitadas.
Não acredito que o filme seja tão bom quanto o livro porque nas entrelinhas, Saramago faz sua análise das situações, que são um "tranco" no individualismo reinante - a meu ver, o melhor do livro .
As pessoas só são elas mesmas quando ,deixando de enxergar, passam a não julgar os outros pela aparência.
.Vou reler.
Recomendo: é uma boa oportunidade para aprender que na vida não temos senão a livre-disposição das nossas vontades:posso olhar e " enxergar "os outros ou posso ignorá-los....e viver uma vida sem sentido.

5 comentários:

Anônimo disse...

Mirian
òtimo seu comentário desse envolvente livro do Saramago.
Você , com seu talento para a síntese poderia trabalharfazendo resenhas de livros...o que acha?
Heloísa

26 de agosto de 2008 às 23:25
Mirian disse...

Helô, acho ótimo!
Preciso achar uma editora que me convide!
Mirian

26 de agosto de 2008 às 23:39
Anônimo disse...

Oi Mã!
Recebi seu email! E sim, lógico que eu li o livro, até porque o que você leu é o meu exemplar...rs.

Mas não assisti ao filme, dirigido pelo Fernando Meirelles - que, acredito, não tenha alcançado a genialidade do livro.

Digo isso, porque, paradoxalmente, a filmagem retira do expectador justamente a imaginação (visão) que há por trás de qualquer leitura, a permitir a formação de uma opinião diversa daquele pretendida pelo diretor.

Veja , a propósito, que minha impressão principal da obra é um pouco diversa da sua. Antes de ler o livro, li a crítica, que andava no mesmo passo que o seu.

Com a leitura, fui entendendo a profundidade a que quis chegar o Saramago, não adistrIta ao simples fenômeno físico e isolado da cegueira em si.

Creio que a "cegueira branca" remete à falta de consciência coletiva, ao arcabouço de hipocrisias e valores que historicamente aflige a humanidade.

Ao retirar a "consciência", ou melhor, a perda da própria razão, o autor figura as consequências, ao que vê a humanidade reduzida à sua origem animal, com a formação de bandos, brigas pela comida, o total desprezo pela higiêne, a assimilação de um ambiente completamente pútrido como algo inexorável.

Vai além. A evolução da narrativa envereda pela forma como lidaríamos com nossos próprios mortos, ponto esse que permeia toda a história do livro, mas que, em verdade, traz o grande significado da obra: perdeu-se o valor à vida!

Evidentemente, a avaliação da obra não se restringe só a estes conceitos que vi claramente debatidos; seria maniqueísta demais. Ao contrário, uma avaliação completa significaria debater o "ser ou não ser", o preconceito, a usura, o egoísmo, o prazer sem rosto, a aflição e a dor.

Não se despreza o significado da solidariedade, também presente por toda a obra. Acredito que é exatamente essa a solução proposta por ele, pois suprimida a consciência, sempre sobrará a solidaridade (caridade), por mais animal que o homem seja.

Merceu, com louvor, o Nobel!

Beijos
Cassio

27 de agosto de 2008 às 14:40
Mirian disse...

Kaká
Se eu arrumar emprego de resenhista, vc me ajuda.....não consegui ir tão fundo
.Também....faz 6 meses que li.Preciso reler.

27 de agosto de 2008 às 15:22
Anônimo disse...

Muito depressivo esse livro...Jamais eu o leria...
B.L.S

2 de janeiro de 2009 às 00:52

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